A Medida Provisória nº 1.300 abre caminho para que, a partir de dezembro de 2027, consumidores residenciais e de baixa tensão possam escolher livremente seu fornecedor de energia, ingressando no mercado livre. Já a partir de agosto de 2026, a mudança começa a beneficiar pequenos negócios, como padarias, restaurantes e comércios, com a promessa de mais economia e liberdade de contratação. Hoje restrito a grandes consumidores, o mercado livre de energia pode reduzir custos em até 35%.
Ciente da importância deste assunto, a Informa Markets, organizadora da Fispal Food Service e da Fispal Sorvetes, criou o espaço Assuntos de Energia, com palestras abordando temas como eficiência energética, sustentabilidade e economia circular, levando conhecimento e informação para os empresários do setor.
“O setor de food service aumentou o consumo de energia nos últimos dez anos em mais de 30%, e a energia elétrica representa cerca de 20% de todo o custo desse segmento. Por isso, a eficiência energética vem se tornando uma ferramenta essencial para ajudar a reduzir esse custo. Sustentabilidade e eficiência energética estão totalmente alinhadas — e, mais do que isso, são urgentes”, afirma Adriana Luz, especialista em energia, professora do Ibmec e palestrante no evento.
Uma das frentes de sustentabilidade é investir em fontes alternativas, como a energia solar — seja por consórcio, instalação em telhado ou adesão ao mercado livre de energia. Essas soluções reduzem o impacto ambiental e oferecem retorno financeiro atrativo no médio prazo.
“Ao investir em fontes renováveis, a empresa deixa de depender das oscilações tarifárias do governo e passa a contar com uma energia significativamente mais barata. Além disso, assume um compromisso com a sustentabilidade, demonstrando preocupação em gerar energia limpa. Essa escolha reforça o alinhamento com os princípios do ESG e atende a um consumidor cada vez mais consciente, que valoriza fornecedores comprometidos com boas práticas ambientais. Mesmo que o investimento inicial seja mais alto, o retorno costuma ocorrer entre 3 a 5 anos, dependendo da tecnologia, da localização e do modelo adotado — como a instalação de painéis solares no telhado ou em fazendas remotas”, destaca Marcelo Szmuszkowicz, especialista em economia circular e também palestrante no espaço Assuntos de Energia.
Soluções viáveis
Os expositores da Fispal estão engajados nesta e pauta e apresentaram suas soluções.
“Ao armazenar os dados em nuvem, o nosso sistema dispensa a necessidade de equipamentos locais robustos, o que reduz significativamente o consumo de energia. O gestor pode acessar todas as informações do negócio de onde estiver, otimizando recursos e centralizando operações”, explica Daniela Lanhi, analista de marketing da Desbravador, empresa especializada em desenvolvimento de software para a gestão de hotéis e restaurantes.
Ela acrescenta que essa otimização vai além do controle remoto: “Com tecnologias como o sistema de BI, a balança automatizada, o IPDV e os monitores KDS na cozinha, conseguimos melhorar o fluxo de trabalho e eliminar etapas desnecessárias. Isso reflete não apenas em agilidade e precisão, mas também em economia de energia, porque o cliente pode focar sua infraestrutura no core business, enquanto todo o sistema de gestão opera de forma mais leve e eficiente.
”A LUZ atua como fornecedora digital de energia limpa e renovável, permitindo que empresas e pessoas tenham acesso direto à energia solar. “Toda a energia que fornecemos vem das nossas 20 fazendas solares, espalhadas por cinco estados: São Paulo, Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul, Distrito Federal e Bahia. Na Fispal deste ano, estamos reforçando nossa presença no mercado B2B, com soluções pensadas especialmente para o setor de alimentos e bebidas. Estamos ampliando nossa cobertura e oferecendo economia imediata para bares, restaurantes e indústrias, sempre com energia renovável e sem precisar mexer na estrutura do local”, afirma Mauricio Colasuonno Paiva, head de Estratégia Comercial da LUZ.
Tags