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A ascensão do queijo muçarela e do requeijão no Brasil

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Para enfrentar a competitividade "é crucial estar atentos aos indicadores de produtividade da planta", afirma a Diretora de Processamento da Tetra Pak

*Por Ana Paula Forti, Diretora de Processamento da Tetra Pak Brasil

O brasileiro é apaixonado por queijo! Segundo a Associação Brasileira das Indústrias de Queijo (Abiq), o consumo médio per capita de queijos no país é de cerca de 5,6 kg/ano. Embora haja outros lugares no mundo que ultrapassem esse consumo, a tendência de aumento no Brasil é evidente, especialmente ao analisarmos dois grandes protagonistas dessa indústria: o queijo muçarela e o requeijão. Mesmo com esse indicador, ainda temos que acertar alguns ponteiros do nosso relógio para que consigamos deslanchar como setor. 

De acordo com dados levantados pela Abiq, a produção nacional de queijo muçarela experimentou um crescimento exponencial de mais de 30% desde 2017, comparado com 2022. Somente neste último ano, foram produzidas mais de 430 mil toneladas de queijo muçarela. A paixão dos brasileiros por pizza desempenha um papel crucial no fortalecimento dessa indústria, corroborado por uma pesquisa realizada pela Associação de Pizzarias Unidas do Brasil (Apubra), que aponta a existência mais de 100 mil pizzarias ativas no país, produzindo em conjunto cerca de 3,8 milhões de pizzas diariamente. 

Outro segmento em grande ascensão é o renomado requeijão, seja o culinário, largamente utilizado em food service, ou o cremoso, que é aquele consumido em casa. Trata-se de uma iguaria exclusiva do Brasil, e sua produção registrou um crescimento na casa dos dois dígitos no mesmo período mencionado, aproximando-se dos 15% de aumento. A produção total de requeijão bateu a marca de mais 380 mil toneladas em 2022, segundo a Abiq. 

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Todavia, o setor de laticínio do Brasil, apesar dos números positivos de crescimento desses queijos, sofre com a competitividade frente a produtos importados no país. No início de 2023, para citar um exemplo recente, a baixa nos preços do mercado brasileiro – cuja variação é grande definidora das importações em território nacional – não foi o suficiente para diminuir a compra de produtos lácteos no Mercosul, como lembrou Valter Galan, em recente análise no MilkPoint. Mais do que a diminuição das vendas do produto nacional, observamos, no mesmo período, o aumento da produção em nosso território. O mercado brasileiro sofreu, então, com o grande número de importações, que chegou até nós com preços mais atrativos, apesar das altas expectativas dos produtores. 

Buscando aumentar a competitividade diante de cenários como este, é crucial estar sempre atentos aos indicadores de produtividade da planta, tendo foco em extrair processos mais eficientes, com o foco em obter os melhores resultados. A automatização da linha de produção é um excelente caminho para obter uma performance mais consistente, diminuindo os desvios de produção – e com isso conseguir uma operação mais rentável.  

As empresas de laticínio devem sempre buscar parceiros que consigam oferecer soluções de processamento e serviços que ajudam as indústrias de queijo a também criar produtos com menor impacto ambiental, como a Tetra Pak. Essas parceiras estratégicas precisam desempenhar um papel crucial no fornecimento de tecnologias e soluções inovadoras para o setor de laticínios, auxiliando na otimização dos processos de produção, preservação da qualidade dos produtos e atendimento às demandas do mercado. 

Com um olhar para o futuro, é esperado que novas tecnologias impulsionem a qualidade desses queijos no Brasil. Isso irá fazer com que a indústria nacional se desenvolva e consiga, cada vez mais, explorar esse potencial de crescimento que ainda temos. Isso demonstra a força e a promissora trajetória desse segmento que, sem dúvida, ainda tem muito para impulsionar o consumo de queijo no Brasil e, quem sabe, conquistar mercados além das fronteiras. 

Ana_Paula_TetraPak.jpg*Ana Paula Forti iniciou sua jornada na Tetra Pak em fevereiro de 2010, em Monte Mor (SP), como Gerente de Projetos. Após 12 anos a executiva assumiu o cargo de Diretora de Processamento na Tetra Pak Brasil, que ocupa até hoje. Ana é formada em Engenharia Química pela Escola de Engenharia Mauá e possui pós-graduação em Administração de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). 

 

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