Diversificar o cardápio para atender a procura por produtos saudáveis é uma maneira de as pequenas sorveterias ganharem destaque e, consequentemente, aumentarem a rentabilidade. A aposta em nichos é um caminho conhecido de maneira geral no varejo e que agora começa a despontar como alternativa importante no segmento de sorvete sem a necessidade de grande investimento na planta.
De acordo com a presidente do Sindsorvete-MG (Sindicato Intermunicipal das Indústrias de Sorvete de Minas Gerais), Elizabeth Andreia Teixeira Prata, a ideia de um produto que oferece saúde tem alto valor agregado, o que reflete lucro confortável. “Ele, sim, tem a produção mais cara, porém é justificável. Isso porque o supermercado vai atrás da sorveteria para fornecer esse tipo de sorvete que o cliente busca, por exemplo. Dessa maneira, o produtor não gasta tanto com a entrada no supermercado”, sugere.
Inicie com os tipos alimentícios com propriedades funcionais mais populares: sem lactose, zero açúcar, com whey protein e com baixo teor de gordura
Para não dar um tiro no escuro, é interessante fazer uma pesquisa simples entre o público da sorveteria para checar a aceitação desse tipo de produto. Além disso, olhe para o mercado para observar o que as grandes marcas fazem e busque apoio em entidades do setor. Empreendedores com perfil mais conservador, podem fazer um projeto piloto com poucos produtos para monitorar o consumo. Uma dica é iniciar com os tipos alimentícios com propriedades funcionais mais populares: sem lactose, zero açúcar, com whey protein e com baixo teor de gordura.
Nessa nova empreitada, busque informações junto aos parceiros de insumos para encontrar ingredientes que deem novo toque às receitas sem perder sabor e textura. Algumas soluções já são encontradas com facilidade: derivado do açúcar de beterraba para substituir o açúcar tradicional, misturas vegetais para evitar a adição de leite e amido de arroz para imitar gordura.
