A gamificação tem se consolidado como uma poderosa ferramenta no setor de food service, revolucionando a forma como os novos colaboradores são treinados. Ao adentrar a empresa, os funcionários são imersos em uma experiência interativa, um jogo que não apenas conta a trajetória da organização, mas também desvenda sua audiência, linguagem e objetivos. Esse método inovador cria uma conexão profunda entre o funcionário e os valores culturais da empresa, lançando as bases para um engajamento sólido.
“A personalização é a chave para o sucesso na gamificação do setor alimentício. Criar um jogo a partir do zero exige mapeamento detalhado de todos os departamentos e processos da empresa, garantindo que os resultados desejados pelo empresário estejam alinhados à cultura, linguagem e compreensão da equipe. Essa abordagem holística promove uma aprendizagem significativa, enquanto os feedbacks regulares asseguram que a gamificação continue a impulsionar resultados notáveis”, comenta Luis Fernando Nardi, fundador da Assertiva Food Service, empresa especializada em expandir negócios gastronômicos, seja por meio de franquias ou filiais.
Segundo Nardi, nos cenários operacionais de uma empresa de alimentação, a gamificação assume o papel de esclarecer dúvidas comuns entre os novatos, eliminando a repetição de informações por parte dos facilitadores.
“Jogos são projetados para abordar desde questões práticas, como recebimento e armazenamento de insumos, até o timing preciso para a produção de pratos e lanches. Os jogos se metamorfoseiam em listas de verificação (checklists) para as tarefas diárias, reduzindo erros e garantindo a execução correta. A abordagem gamificada promove uma aprendizagem eficaz e tangível. Cada desafio enfrentado, cada decisão tomada, é um trampolim para a compreensão das responsabilidades do colaborador. A jornada de aprendizagem é enriquecida com o aspecto interativo dos jogos, levando a uma maior assimilação de tecnologia e um feedback mais preciso, aprimorando tanto os acertos quanto as falhas”, complementa o especialista.
Para a Geração Z, que possui uma maior familiaridade com a tecnologia e com os games, a gamificação ajuda o colaborador a se integrar ao cenário de trabalho por um olhar mais estratégico. Além disso, de acordo com Nardi, os processos de recrutamento e seleção são transformados em desafios que comprovam as habilidades reais dos candidatos, garantindo que o que está no currículo seja realmente verdadeiro.
“A crescente familiaridade dessa geração com os jogos também se reflete na abordagem da cultura e propósito da empresa, operações, atendimento ao cliente e treinamentos online. Para cada jogo, metas definidas com clareza são cruciais. Por exemplo, ao abordar a cultura dos garçons, a linguagem e recompensas são cuidadosamente escolhidas, criando um ciclo de reforço positivo à medida que os pontos são acumulados. Essa abordagem também se aplica aos processos de franquias, onde a gamificação ajuda a identificar desafios operacionais e a moldar treinamentos mais eficazes, contribuindo até mesmo para o desenvolvimento de novos programas.
A personalização é a chave para o sucesso na gamificação do setor de alimentação. Criar um jogo a partir do zero exige mapeamento detalhado de todos os departamentos e processos da empresa, garantindo que os resultados desejados pelo empresário estejam alinhados à cultura, linguagem e compreensão da equipe. Essa abordagem holística promove uma aprendizagem significativa, enquanto os feedbacks regulares asseguram que a gamificação continue a impulsionar resultados notáveis”, informa o especialista.
Nardi ressalta que os resultados negativos gerados nos games, são importantes para a reciclagem do funcionário, naquilo que ele tem maior dificuldade. No franchising, a franqueadora terá acesso a essas informações para melhorar os seus manuais operacionais para as outras franquias. Já os resultados positivos, o colaborador pode receber bonificações. Para a franqueadora, ela poderá identificar talentos e deve realizar treinamentos para realizar a retenção dos mesmos.