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Desafio dos Açougueiros premia profissional que aposta na simplicidade: ‘Esse é o meu jeito’

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Desafio dos Açougueiros premia profissional de Santa Catarina.png
Atração da TecnoCarne consagrou Juliano Kohlbeck, que impressionou os jurados com o alto rendimento da carne e pelo jeito tranquilo de trabalhar

O primeiro Desafio dos Açougueiros da TecnoCarne reuniu muitos curiosos para ver o show de habilidades desses profissionais. As 70 cadeiras da plateia da Vitrine da Carne não foram suficientes e visitantes da feira se aglomeraram ao redor para ver de perto o trabalho com cortes variados da carne e as habilidades precisas no manuseio das ferramentas. Entre cinco finalistas, o catarinense Juliano Kohlbeck, de 33 anos, foi quem levou a melhor e ganhou R$ 5 mil reais. 

desafio do açogueiro TecnoCarne.png“Tô sem acreditar ainda porque eu fiz um trabalho simples, que mostra o meu jeito”, disse o açougueiro campeão do desafio, que atualmente dá consultorias para mercados e em workshops. Kohlbeck e os demais competidores foram avaliados em cinco grandes critérios: habilidade, boas práticas, inovação, aproveitamento e apresentação.

A eles cabia a missão de fazer o corte, decorar, adicionar insumos aos preparos e valorizar a carne. A criatividade dos profissionais foi longe. Eles usaram ervas, farofas, queijos, legumes e até mesmo frutas como a carambola e o damasco. Para deixar o desafio ainda mais difícil na corrida contra o tempo, os açougueiros não podiam usar equipamentos eletrônicos para facilitar o corte. Todas as técnicas precisavam ser aplicadas manualmente.

A ideia de realizar o Desafio dos Açougueiros na feira do setor de proteína animal foi de Marcelo Bolinha, especialista em carne, açougueiro e assador profissional que tem mais de 30 anos de experiência no ramo. O objetivo era incentivar e valorizar o ofício de açougueiro.

“A gente ainda não tem isso. A gente quer que o nosso filho seja médico, seja engenheiro, mas açougueiro, não. Então, com iniciativas como essa, a gente parte de um princípio de revitalizar essa grande profissão milenar”, discursou Bolinha. Para isso, o entusiasta da profissão se uniu à TecnoCarne, ao Feed Açougue do Produtor, e à JLC Consultoria.

Foi Marcelo Bolinha, inclusive, quem assumiu o posto de mestre de cerimônia e, com um jeito de narrador esportivo, deu emoção ao evento. Em diversos momentos, Bolinha foi empático com a plateia e explicou as técnicas que estavam sendo aplicadas, quais os cortes feitos. Ele ainda adicionou uma dose extra de adrenalina ao direcionar perguntas variadas aos competidores durante o desafio. A sensação que se tinha era a de ver um reality show de TV ao vivo.

Confira o pódio dos cinco finalistas do Desafio dos Açougueiros:

1º lugar - Juliano Kohlbeck, 33 anos, Santa Catarina

2º lugar - Henrique Ferreira, 28 anos, São Paulo

3º lugar - Rogério Geraldelli, 42 anos, Paraná

4º lugar - Thalia Cardoso, 25 anos, São Paulo

5º lugar - João Eduardo Buratto, 39 anos, Santa Catarina

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Projeto social para jovens açougueiros

Essa é a missão de Adriana Catapano, gerente de parcerias do Instituto João Bittar, empresa que desde 2007 atua na capacitação de jovens aprendizes para os segmentos de frigorífico e de laticínios em municípios de todo o Brasil. Quando uma indústria chega em uma cidade do interior, por exemplo, é necessário contratar jovens para cumprirem a cota de pelo menos 5% dos funcionários serem jovens aprendizes. Mas como contratar açougueiros em uma região nova?

Nessa hora o tripé do programa de aprendizagem entra em jogo. Nele há o jovem interessado em fazer o curso, a empresa que tem a cota para cumprir e a entidade formadora. Vale ressaltar que a instrução, além de técnica, precisa ser psicossocial para que a contratação desse novo profissional se dê de forma funcional e eficiente. 

“Ele praticamente entra como se fosse em uma esteira de aprovação. Porque ele é capacitado tecnicamente, mas também tem a capacitação psicossocial. Essa é uma preocupação das empresas: trazer o jovem e conscientizá-lo do papel que ele desempenha naquela comunidade em que ele está inserido”, frisa Adriana, que participou da feira como visitante.

A aprendizagem profissional no instituto dura em média 14 meses e costuma ter 70% de efetivação na indústria. Se bem aproveitada, a experiência pode dar frutos a longo prazo. “Se você consegue levar essa oportunidade de trabalho com a formação específica do segmento para um interior onde tem uma indústria se estabelecendo, você consegue aumentar a perspectiva desse jovem”, argumenta.

No caso do Instituto João Bittar, a capacitação acontece em 100 localidades de formação em todo o país. Há a possibilidade também dos cursos de ensino à distância (EAD). Há ainda clientes que entendem que é fundamental capacitar o jovem e que se dispõe a montar laboratórios de ensino para complementar o curso teórico EAD com a prática.

Atualmente há uma turma de 1000 jovens se formando como técnicos simultaneamente. “A gente está fazendo um trabalho no sentido de ampliar o olhar do RH para a formação do jovem e não enxergar o jovem apenas como administrativo ou almoxarifado”, detalha. Entre os parceiros do Instituto João Bittar estão JBS, Minerva Foods, Nestlé, Polenguinho e Catupiry.

Serviço TecnoCarne

Data: 27 a 30 de junho de 2023
Horário: terça a quinta-feira das 13h às 20h e sexta-feira das 13h às 18h
Local: São Paulo Expo - Rodovia dos Imigrantes, 1,5 km - Vila Água Funda, São Paulo - SP
Promoção e Organização: Informa Markets Brasil

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TAG: Alimentos
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