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Flores comestíveis: conheça este segmento crescente na alta gastronomia

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Responsáveis por oferecer uma experiência diferenciada a pratos da alta gastronomia, o mercado de flores comestíveis está em expansão no Brasil; saiba mais

Unir a beleza e o sabor de flores em um mesmo produto! A ideia por si só é bastante convidativa, e realmente é, tanto que vem chamando a atenção de restaurantes brasileiros da alta gastronomia.

Em diversos países ao redor do mundo, o uso de flores comestíveis já é uma prática relativamente comum. No Brasil, o seu uso na gastronomia vem se popularizando dia após dia.

Essa tendência se dá principalmente pela capacidade de as flores comestíveis serem utilizadas para colorir e decorar pratos, deixando-os com uma apresentação impecável e um sabor mais fino.

No Brasil, um dos maiores produtores deste segmento é a DRO Ervas e Flores, de propriedade de Deborah Orr, que produz flores comestíveis orgânicas para atender a demanda da alta gastronomia nacional.

Flores comestíveis: toque de vida e elegância aos pratos

O Brasil é um país que tem uma diversidade de flores bastante grande. Consequentemente, há muitas flores comestíveis, mas a maioria das pessoas não sabem dessa possibilidade.

Mas, como explica Deborah Orr, cerca de 80% das flores presentes na nossa flora são comestíveis. No entanto, ela esclarece que uma flor comestível é aquela que não tem toxicidade, e a identificação de flores comestíveis se dá por meio de estudos. “Infelizmente não há outra forma de saber se a flor é ou não uma flor comestível”, completa.

A proprietária da DRO Ervas e Flores salienta que existem flores que podem ser consumidas na quantidade desejada sem maiores problemas. Outras, por sua vez, precisam ser consumidas com moderação, somente em forma de decoração comestível de um prato.

Assim, as flores comestíveis são amplamente utilizadas pela alta gastronomia para criar sabores frescos e modernos tanto em pratos salgados quanto doces, dando um toque de vida e de elegância aos mais diferenciados pratos.

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Principais flores comestíveis usadas na alta gastronomia

As flores comestíveis chamam a atenção de chefs e confeiteiros do país principalmente pela diversidade. Suas características variam entre perfumes, gostos, formatos e efeitos diferentes.

Mas, mesmo com a grande diversidade, Deborah Orr indica que algumas são as flores comestíveis mais consumidas no Brasil. “As principais flores comestíveis consumidas no mercado nacional são: capuchinha, mini rosas, amor perfeito, flor de mel e calêndula”.

Veja mais detalhes sobre elas:

Capuchinhas: com cores laranja e vermelho-rubi, as capuchinhas são plantas anuais bastante simples de cultivar. Além disso, cada parte da planta pode ser consumida, desde os botões até as vagens das sementes.

Mini-rosas: decoram muito bem os pratos, com suas pétalas sendo usadas em saladas, geleias, gelatinas, sorvetes, pudins, cremes e licores.

Amor perfeito: essa flor pequena (cerca de 6 cm de diâmetro) pode ser encontrada em cores diversas como roxo, violeta, laranja e dourado. Também podem ser utilizadas para dar um toque de delicadeza na decoração de pratos, doces e saladas.

Flor de mel: o uso da Flor de mel é novo na culinária. Mas ela dá toda uma delicadeza ao prato, principalmente por formar pequenos cachos de flores que podem ser usados inteiros ou em flores pequenas separadas, conforme a criatividade do chef.

Calêndula: suas flores têm sabor que mescla o amargo e o doce, mas possui aroma bem suave. Suas pétalas são também comestíveis e são utilizadas em diversas preparações culinárias e na decoração de variados pratos, dando um belo toque à receita.

Mercado crescente essencialmente na alta gastronomia

Não há como contestar, a venda de flores comestíveis para restaurantes e feiras é um segmento que vem chamando a atenção de produtores em todo o país.

Para Deborah, no Brasil, o mercado de flores comestíveis ainda se restringe quase exclusivamente à alta gastronomia, principalmente aos restaurantes mais refinados de grandes capitais do país. “Por uma questão cultural, os demais mercados ainda têm um consumo irrelevante quando se trata essencialmente de volume”.

Segundo a empresária e produtora rural, a cultura do brasileiro ainda não inclui o consumo de flores comestíveis. “Mas, para a alegria de nós produtores, este é um mercado que está em expansão”, comemora.

Para o Brasil, não há dados mais recentes sobre o tamanho deste setor, mas o mercado global de flores comestíveis calculou a geração de US$ 265 milhões em 2018, com uma estimativa de crescimento em torno de US$ 504 milhões até 2030.

A produção é mais intensa e significativa em países europeus, principalmente França, Espanha e Portugal.

Como cultivar flores comestíveis?

Para o cultivo das flores comestíveis, os produtores devem utilizar solos ricos em nutrientes, bem drenados e que respeitem as exigências de cada espécie.

Fazer uso de um composto rico em potássio é recomendável, pois garante maior floração nas plantas. Além disso, utilizar um bokashi (adubo orgânico de excelente qualidade) bem estruturado é essencial, pois garante melhores condições de solo para o cultivo.

Temperaturas entre 15 e 25 graus são ideais, e o uso de telas de sombreamento e canteiros altos pode se fazer necessário, dependendo da localização.

De maneira geral, as espécies de flores comestíveis dão preferência para solos de texturas leves, enriquecidos com matéria orgânica e irrigação sem pontos de encharcamento.

Além disso, Deborah ressalta que as flores comestíveis de maior qualidade e valor agregado devem ser cultivadas de forma orgânica. “Na DRO, nossas flores são orgânicas, consequentemente não incluímos venenos em nenhuma etapa do cultivo”, explica.

Deborah ainda explica que a produção orgânica conta com muito mais tecnologia nos tempos atuais do que antigamente, permitindo um cultivo com os nutrientes e defesas necessárias para as flores.

Dessa forma, a proprietária da DRO Ervas e Flores recomenda ao mercado consumidor adquirir somente flores com certificação orgânica e de produtores especializados.

“Essa certificação irá garantir que não há o uso de nenhum veneno que possa levar toxicidade no produto consumido”, sugere Deborah.

*Fonte: Agrishow Digital

 

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