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Consumo de café no Brasil: preferências do consumidor e como investir no mercado

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O Brasil se destaca como o maior produtor de café do planeta e segundo maior consumidor do mundo. Veja como investir nesse mercado e saiba quais são as principais tendências do setor.

O Brasil é o maior produtor de café do mundo e também é um dos países que mais consomem a bebida. 

O consumo de café no Brasil é uma tradição que remonta ao século XIX e faz parte da cultura brasileira, tendo sido um dos pilares que estabeleceram e fortaleceram a economia brasileira. 

Inclusive, na época do Brasil Império, o ingrediente ficou conhecido como “ouro verde”, dada a prosperidade sem precedentes que esse produto trouxe ao país.

Por isso, entender o que baseia a preferência do consumidor brasileiro em relação ao café pode ser fundamental para quem investe ou pensa em investir no mercado brasileiro de café. 

Além disso, com o crescente interesse em consumir café de qualidade e o aumento na abertura de novas cafeterias, há cada vez mais oportunidades para investimentos.

Neste artigo, discutimos a preferência dos consumidores de café no Brasil, as tendências do mercado e as opções de investimento mais interessantes.

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Consumo de café no Brasil na atualidade

Segundo a Organização Internacional do Café (OIC), o Brasil é o maior produtor de café do planeta, dividindo o topo com países como Vietnã, Colômbia e Indonésia. Por esse motivo, é fácil inferir que o consumo da bebida no país é perene desde sempre.

Para exemplificar melhor esse fato, um levantamento da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic) apontou que entre 2021 e 2022 o consumo nacional de café teve queda de 1,01%, enquanto o consumo per capita do café torrado e moído recuou 1,61% em relação ao período anterior.

Porém, apesar do leve recuo, o país permaneceu como o segundo maior consumidor de café do mundo, ficando atrás apenas dos Estados Unidos e consolidando a sua posição de grande consumidor de café.

Por outro lado, a consultoria Safras & Mercado, estima que a colheita de café no Brasil deve aumentar cerca de 13% entre 2023 e 2024, indicando um aumento na demanda do produto para este e o próximo ano.

Cafeteira servindo uma xícara de café, para representar o consumo de café no Brasil

Quanto de café o brasileiro consome por dia?

O estudo da Abic também aponta que o consumo de café no Brasil ficou em quase 6 kg quilos por habitante/ano até o final de 2022.

Esse dado considera uma média que é feita quando a produção de sacas de café no período é dividida pela quantidade de habitantes aptos a consumir a bebida no país.

Atualmente, o Brasil produz cerca de 52 milhões de sacas de café por ano e já ultrapassou a casa dos 215 milhões de habitantes.

Consumo de café durante a pandemia: o que estimulou o crescimento?

Desde que começou a ser cultivado no Brasil, o café nunca teve uma real baixa no consumo. Durante a pandemia de covid-19, esse consumo aumentou ainda mais no país, contrariando muitos indicadores.

Em abril de 2020, no início da crise sanitária, a Abic divulgou um levantamento especial apontando que o consumo da bebida estava com uma alta de 35%.

Em paralelo a isso, a multinacional holandesa Rabobank anunciou que no mesmo período, o consumo de café no Brasil motivou a colheita de 21,4 milhões de sacas a mais que no ano anterior.

Segundo as entidades, o aumento na ingestão de café no Brasil durante a pandemia foi impulsionado pelo fechamento de cafeterias e lanchonetes, e também pela maior quantidade de pessoas trabalhando em home office ou que apenas tiveram que ficar em isolamento social.

Além disso, o clima tenso vivido na época elevou o nível de ansiedade nas pessoas isoladas, o que, em última análise, impulsiona o consumo de café em vários cenários.

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Por que investir no mercado de café?

O mercado de café é um setor bastante resiliente, demonstrando grande demanda e vencendo crises poderosas, como a pandemia de covid-19.

Além disso, a expectativa é que, com a retomada definitiva da economia, o consumo de café aumente ainda mais nos próximos anos, cerca de 1% a 2% ao ano, até o final da década.

Dessa forma, investir em um negócio que gire em torno do ingrediente pode ser uma ótima oportunidade para quem espera entrar de vez no ramo alimentício.

Porém, além de saber por que investir nesse mercado, é importante entender como fazer esse investimento. 

Como investir no mercado de café

Considerando o crescente aumento na ingestão do ingrediente no país, e o fato do Brasil estar no topo do ranking dos maiores produtores de café do mundo, investir no mercado pode ser uma ótima alternativa para quem deseja empreender no setor alimentício, sobretudo, no food service. Veja algumas ideias de como aproveitar o alto consumo de café no Brasil.

  • Cafeteria: é possível oferecer uma variedade de tipos de café e bebidas com o ingrediente, além de alimentos para acompanhar;
  • Torrefação de café: torrar e vender café é outra opção para quem quer investir no mercado. Uma possibilidade é escolher o tipo de café e a intensidade da torrefação para atender melhor as preferências dos clientes;
  • Comércio de café verde: comprar café verde em grandes quantidades e revendê-lo para outras empresas pode ser uma oportunidade de negócio lucrativa;
  • E-commerce de café: com a popularidade das compras on-line, uma loja virtual especializada em venda de café pode ser uma ideia de negócio interessante. Uma alternativa é oferecer uma variedade de blends, grãos e métodos de preparo diferentes;
  • Franquia de café: investir em uma franquia de uma marca estabelecida pode ser uma maneira segura de entrar no mercado de café. A principal vantagem é poder contar com o suporte e expertise da franqueadora.

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Principais tendências para o setor em 2023

Nos últimos anos, uma onda de café especial tomou conta dos espaços gastronômicos em todo o país. De microtorrefações a métodos para preparar a bebida em casa, o cliente está mais exigente quando o assunto é um grão de qualidade e uma bebida saborosa. 

Veja as principais tendências para o mercado de café na atualidade. 

café gelado.jpgCafé gelado

Seguindo a linha norte-americana, o consumo de café galado tem aumentado no Brasil. A bebida já está presente nos cardápios de diversas cafeterias e restaurantes, e se estabelece como uma alternativa para os dias mais quentes.

Café sustentável com baixo impacto ambiental

Um estudo realizado pela agência de pesquisa norte-americana, Union + Webster, divulgado pela Federação de Indústrias do Estado do Pará (Fiep), revelou que 87% da população brasileira prefere comprar produtos e serviços de empresas que tenham uma pegada ambiental e social positiva.

Essa é uma prática que também se aplica às empresas de food service que servem a bebida. Assim, considerando a preferência dos clientes, investir em cafés cultivados de forma mais sustentável é uma tendência cada vez mais forte do setor.

Geralmente, eles são vendidos em cápsulas de preparo rápido ou como bebidas prontas, com ingredientes vegetais, como o leite de soja e amêndoa.

Pronto para beber

Cafés industrializados que não demandam preparo de nenhum nível se tornaram uma das maiores tendências do setor cafeeiro. Segundo uma pesquisa realizada pela Euromonitor International, o consumo desse tipo de bebida deve crescer ainda mais impulsionado por outras trends, como a do café gelado.

O café solúvel é um dos produtos de destaque de exportação da indústria alimentícia - o Brasil é o segundo maior exportador de café solúvel do mundo, segundo o balanço econômico da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (ABIA).

Café fotogênico

Atualmente, as cafeterias estão priorizando o apelo estético de suas bebidas, bem como de suas instalações. Assim, os cafés fotogênicos ou “instagramáveis”, servidos nesses estabelecimentos com ornamentos e detalhes extras na xícara, se tornaram grandes apostas das empresas do setor. 

Além disso, são usados recipientes apresentáveis e com características visuais que incitam o consumidor a publicar uma foto da bebida em suas redes sociais. Por isso, essa também pode ser considerada uma boa estratégia de divulgação do negócio.

 

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