Já não é mais novidade que o combate à fome exige esforços conjuntos e integrados, especialmente com a indústria de alimentos na Aliança Global assumindo uma liderança decisiva. 

Por meio da cooperação internacional no setor alimentício, empresas e governos têm estabelecido iniciativas globais para redução da fome, aliando inovação na indústria global de alimentos à sustentabilidade na cadeia alimentar global, garantindo segurança alimentar internacional para milhões de pessoas.

Neste cenário, o ESG na indústria alimentícia desempenha papel-chave, influenciando regulamentações internacionais de alimentos e criando parcerias globais no setor alimentício mais conscientes e eficazes. 

Mas como exatamente essas estratégias de cooperação global contra a fome vêm transformando o acesso à alimentação e promovendo uma verdadeira segurança nutricional em escala mundial? A resposta envolve inovação, solidariedade e compromisso social, que você conhecerá melhor a seguir.

Imagem promocional do evento Fispal Tecnologia 2025, destacando datas e informações sobre a compra de ingressos em São Paulo.

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O que é a Aliança Global contra a Fome?

A Aliança Global contra a Fome e a Pobreza é uma iniciativa inovadora criada para acelerar o cumprimento dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), particularmente o ODS 1, que visa erradicar a pobreza, e o ODS 2, focado na fome zero e agricultura sustentável. 

Uma cesta repleta de vegetais frescos, incluindo alface, pimentão, cenoura, abobrinha e rabanete.

Com uma estratégia baseada em evidências e liderada pelos próprios países afetados, a Aliança Global busca mobilizar recursos financeiros, conhecimentos técnicos e tecnologias sociais para apoiar programas eficazes contra a fome e a pobreza extrema.

Por meio da colaboração internacional, a Aliança incentiva a participação ativa de países, instituições e empresas, estimulando uma tomada de decisão fundamentada em dados e promovendo iniciativas que proporcionam segurança alimentar internacional.

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O papel da indústria de alimentos na Aliança Global

A participação ativa das empresas do setor alimentício potencializa o alcance das ações da Aliança Global contra a Fome. Ao fornecer recursos, inovação tecnológica e práticas sustentáveis, a indústria contribui diretamente para iniciativas eficazes no combate à insegurança alimentar global. 

Ações colaborativas com universidades 

A recente adesão da Universidade de Brasília (UnB) à Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, oficializada em uma cerimônia simbólica que destacou o compromisso histórico da instituição com a justiça social, ilustra bem esse papel. 

Com o apoio do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), a UnB assume um papel estratégico ao integrar esforços acadêmicos com políticas públicas, como o futuro encontro Brasil-África sobre agricultura familiar. 

Esta parceria não é apenas uma formalidade, mas sim uma oportunidade concreta para a criação de soluções duradouras em segurança nutricional, produção sustentável e capacitação técnica, essenciais ao desenvolvimento sustentável e à erradicação da fome.

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Alinhamento com os ODS da ONU

O Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 2 (ODS 2) da ONU visa erradicar a fome, alcançar a segurança alimentar, melhorar a nutrição e promover a agricultura sustentável até 2030

Para atingir essas metas, é fundamental o envolvimento de diversos setores, incluindo a indústria alimentícia, que pode contribuir significativamente por meio de práticas sustentáveis e inovadoras. 

No Brasil, iniciativas têm sido implementadas para alinhar a produção de alimentos com os princípios do ODS 2, visando não apenas aumentar a oferta de alimentos, mas também garantir que sejam produzidos de maneira sustentável e acessível às populações vulneráveis. ​

Imagem de produtos alimentícios variados incluindo óleos, massas, água e outros mantimentos em embalagem de papel.

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Alimentos Industrializados como parte da solução

A fortificação e o enriquecimento de alimentos industrializados são estratégias eficazes para combater deficiências nutricionais em larga escala. No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) regulamenta o enriquecimento obrigatório de alimentos como o sal com iodo e as farinhas de trigo e milho com ferro e ácido fólico.

Visando prevenir doenças como anemia e distúrbios relacionados à deficiência de micronutrientes, essas medidas têm mostrado resultados positivos na melhoria da saúde pública, especialmente entre populações de baixa renda. Produção de alimentos em larga escala

A produção de alimentos em larga escala tem contribuído significativamente para ampliar o acesso à alimentação em regiões historicamente marcadas pela fome. No Brasil, essa capacidade produtiva, associada a políticas públicas e cooperação internacional, ajudou a reduzir em 85% a insegurança alimentar severa entre 2022 e 2023.

Segundo o Relatório da ONU sobre o Estado da Insegurança Alimentar Mundial (2024), o número de brasileiros em situação grave de fome caiu de 17,2 milhões para 2,5 milhões no período analisado.

Para manter e ampliar esse avanço, o Brasil tem adotado práticas que aliam escala e sustentabilidade, como sistemas de plantio direto, rotação de culturas e tecnologias de monitoramento climático

Essas ações reduzem o desperdício e aumentam a eficiência no uso de recursos naturais, ao mesmo tempo em que beneficiam populações vulneráveis, como comunidades rurais e urbanas em insegurança alimentar.

Imagem de um mercado de frutas vibrantes, com diversas opções frescas como maçãs, peras, laranjas, uvas e legumes dispostos em caixas de madeira.

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A transição para modelos sustentáveis de produção tem sido apontada por especialistas como um caminho para garantir alimentos em quantidade e qualidade adequadas, respeitando limites ambientais e promovendo a inclusão socioeconômica de pequenos produtores. 

Do Brasil para o mundo: soluções da indústria alimentícia no combate à fome

Em um cenário global onde a fome e a pobreza ainda afetam milhões de pessoas, a indústria de alimentos e bebidas desempenha um papel crucial. Como maior exportador de alimentos industrializados do mundo, o Brasil ocupa uma posição estratégica nessa luta, oferecendo produtos que combinam segurança, qualidade e maior durabilidade.

Inspirada pela aliança global contra a fome e a pobreza, lançada pelo G20 em 2024, a Fispal Tecnologia se posiciona como o palco para debates e iniciativas transformadoras. Por meio da tecnologia e inovação, o evento reúne líderes, especialistas e empresas para explorar como a indústria pode contribuir decisivamente para a segurança alimentar global e a redução da fome, promovendo ações concretas que beneficiem tanto as pessoas quanto o planeta.

Participe desta mudança! De 24 a 27 de junho, no São Paulo Expo (SP), a Fispal Tecnologia 2025, a principal plataforma de conexão da indústria alimentícia na América do Sul, que traz as últimas tendências e novidades de tecnologias em processos, embalagens, automação e logística para a indústria de alimentos e bebidas. 

Além da área de exposição, o Congresso Fispal Tec reunirá os principais players da indústria para três dias de trocas, conexões e conteúdo estratégico. Com foco nas tendências globais e no destaque do Brasil como líder na exportação de alimentos industrializados, “O Novo DNA da Indústria Alimentar” será o macrotema desta edição, que propõe uma reflexão sobre a convergência entre tecnologias, eficiência, impacto e sustentabilidade. Acesse o site e garanta seu ingresso!