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Veja boas práticas e táticas de venda na produção de camarão

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Conheça mais sobre o mercado relacionado à produção de camarão no Brasil.

Em plena expansão, a produção de camarão (carnicicultura) tem sido uma atividade econômica bastante expressiva no país, conquistando cada vez mais espaço e valor de produção. Dados da Associação Brasileira de Criadores de Camarão (ABCC) provam essa evolução.

A Carcinicultura Brasileira atual explora aproximadamente 30.000 hectares de viveiros, gerando em torno de 112.500 empregos em uma produção que alcança 90.000 toneladas/ano. Em 2019, toda sua cadeia produtiva produziu cerca de R$ 3 bilhões, com alguma perspectiva de crescimento, mesmo diante da atual crise mundial.

Neste cenário, a produção de camarão exige que o produtor brasileiro invista em boas práticas e em estratégias de vendas específicas que permitirão maior produtividade e melhores vendas.

Mesmo com crescimento, o setor enfrenta desafios

As projeções da ABCC apontavam que a carnicicultura brasileira teria uma boa evolução nos próximos anos. Em 2020, a projeção de produção era de 120.000t de camarão cultivado, 150.000t em 2021 e 200.000t em 2022.

Porém, a Covid-19 chegou e mudou todo o cenário, como explica Itamar Paiva Rocha, Presidente da associação. “Com a crise, 100% da produção vem sendo destinada ao mercado interno, sua comercialização foi afetada de tal ordem, que a citada expectativa (120.000 t) não se realizará, mas no mínimo, será obtida a mesma produção (90.000 t) de 2019”.

Por outro lado, a associação acredita que o os produtores irão recuperar as perdas e manter as projeções de 2021 e 2022.

Porém, afora a extemporânea Covid-19, o presidente da ABCC acredita que a falta de apoio financeiro ao desenvolvimento da carcinicultura brasileira e a não liberação de licenças ambientais são questões bastante preocupantes para o setor.

Há falta de apoio governamental, notadamente no tocante ao apoio financeiro, uma vez que a grande maioria dos micros e pequenos produtores, que representam 75% dos produtores setoriais, não dispõe de licenças ambientais, sem a qual não há como ter acesso a financiamentos para investimentos e custeios operacionais”, explica.

É preciso investir em boas práticas na produção de camarão

Entre os fatores considerados indispensáveis à produção de camarão, destacam-se as condições de temperaturas da água, disponibilidade de recursos naturais de boa qualidade e situação topográfica favorável.

Neste cenário, a carcinicultura marinha brasileira, ao longo dos últimos vinte anos, desenvolveu Códigos de Conduta, Programa de Biossegurança, Programa de Gestão de Qualidade na Fazenda e nas Indústrias e pratica Critérios de Manejos baseados em fundamentos técnicos, sociais e ambientais, que asseguram sua convivência harmônica com um meio ambiente equilibrado.

Assim, a exploração da atividade de cultivo de camarão no Nordeste é um exemplo a ser seguido, com o desenvolvimento baseado na proteção dos ecossistemas adjacentes à produção, como ressalta Itamar Rocha.

Os produtores do Nordeste criaram um modelo de produção social e economicamente viável, com tecnologia apropriada para a produção de camarão sustentável em áreas adjacentes aos estuários e nos vales interioranos, cujo desenvolvimento não tem criado conflitos com a proteção dos ecossistemas estuarinos ou dulciaquícolas adjacentes a sua exploração”.

Por fim, as situações logísticas também devem ser boas práticas a serem consideradas, tais como: estudo de mercado na região a ser implementada a produção de camarão, infraestrutura do local, acesso, mão de obra, equipamento.

Estratégias de venda da produção: Onde é melhor vender?

Tradicionalmente, as vendas da produção de camarão cultivado do Brasil, são majoritariamente representadas por camarão “in natura”, popularmente chamado de produto fresco. “O camarão fresco é largamente comercializado nas feiras livres de diversas cidades do Brasil”, explica Itamar Rocha.

Porém, devido à Covid-19, o presidente da ABCC diz que a saída de maior viabilidade, do lado dos grandes produtores, tem sido o processamento, congelamento e estocagem do produto beneficiado, para vendas institucionais.

Já para os micros, pequenos e médios produtores, que de repente, viram os preços despencarem para níveis insustentáveis, as vendas diretas - de porta em porta ou pelas redes sociais - se tornaram a única alternativa. “Estes empreendimentos vêm utilizando as Redes de Fast Food, através do IFOOD e do UBER-EAT”, explica Itamar.

Esse contexto vem a reforçar que “barzinhos”, “barracas de praia”, “restaurantes típicos” e “praças de alimentação” são fundamentais para a disseminação e aumento do consumo de camarão cultivado do Brasil, principalmente quando comparados aos restaurantes.

Com raríssimas exceções, os camarões não são mais expostos nas gôndolas dos supermercados, mas sim, nos balcões de produtos congelados, com preços proibitivos, com margens de vendas superiores a 100% dos custos totais. Em contrapartida, os locais de consumo direto contribuem com o aumento do consumo de camarão cultivado do Brasil, que mesmo assim, apresenta um consumo perca pita de apenas 0,43 kg/ano”, finaliza.

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