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O restaurante pode ser vegano, gerar lucro e ter um papel importante para a sociedade

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O público flexitariano pode garantir mais da metade do movimento de um restaurante vegano, sendo atraído pela saudabilidade e pela gestão responsável do estabelecimento.

As pesquisam revelam que cresce todos os anos o interesse das pessoas por uma alimentação mais saudável e ética. Segundo o relatório “Year in Search”, de 2021, a busca por comida vegana cresceu mais de 5000% no Google. Já uma pesquisa do IBOPE de 2018, mostrou que 14% da população se declara vegetariana, e isso representa quase 30 milhões de brasileiros. Flexitarianos e reducionistas também impulsionam a demanda por produtos de origem vegetal.

No restaurante em que sou sócia, fundado em 2017, apenas 30% dos nossos clientes são veganos/vegetarianos. Por isso, a comida vegana precisa ser democratizada e levada para todos. Ter um olhar para a refeição do dia a dia e ser inclusiva, desde o nome do prato até o valor. O POP Vegan Food nasceu com a missão de democratizar a comida vegana, de quebrar o paradigma de que comida vegana é cara.

Apesar de sermos veganos, fazemos comida principalmente para não veganos: 70% dos nossos clientes ainda comem alimentos de origem animal, mas encontram no POP uma forma de reduzirem esse consumo, seja por preocupação com a saúde, com os animais, com o planeta, ou porque é barato mesmo.

O grupo hoje tem 90 funcionários, e atendemos cerca de duas mil pessoas ao dia. Além da unidade em São Paulo, que oferece almoço, pizza e hambúrguer, o grupo é uma empresa de alimentos que inclui a revenda de insumos veganos prontos, como queijos, sobremesas e pizzas para revenda e food service.

O lema "quanto maior seu privilégio, maior sua responsabilidade" nos guia nas ações dentro e fora do POP. No início da pandemia, nos juntamos aos clientes para tentar amenizar a fome: de lá para cá, cerca de 30 mil refeições foram entregues para pessoas em vulnerabilidade social. Além disso, os entregadores de aplicativos que chegam no POP para retirar pedido também recebem uma refeição, a mesma que oferecemos aos clientes.

Hoje, conseguimos priorizar o bem-estar dos funcionários, cuidando da sua saúde, oferecendo cursos e palestras, mentoria de carreira e acompanhamento com nutricionistas e psicólogos. Para reduzir a desigualdade de gênero, o POP tem um programa para incentivar que as mães recentes permaneçam no mercado de trabalho, sem prejuízo para a amamentação, assim como licença paterna estendida por conta da empresa. A empresa ainda arca com os honorários nos processos de registro tardio e pedido de pensão.

Muitos nos perguntam como conseguimos operar com preços reduzidos, ainda mais em uma região nobre de São Paulo, e a resposta é simples: valorizando nosso arroz e feijão de cada dia e tantos outros legumes e verduras que são mais baratos que produtos de origem animal. Basta criatividade, tempero e vontade.

*Mônica Buava é sócia do Pop Vegan Food e diretora-executiva da Sociedade Vegetariana Brasileira.

 

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