A Fispal Food Service 2025, a maior edição da história, mostrou que o setor de alimentação fora do lar passa por uma profunda transformação, impulsionada por tecnologia e novos hábitos de consumo, com um olhar cada vez mais estratégico para sustentabilidade e gestão de pessoas. Nesse ambiente, há desafios como a alta dos preços – especialmente da mão de obra – que tem como freio algumas iniciativas em automação.
A automação, antes vista como aposta distante, já é realidade em muitos estabelecimentos, otimizando operações e ampliando a produtividade. Claudio Cordeiro, da TOTVS, destaca como os sistemas integrados para gestão e uso de dados da companhia têm ajudado o setor. “A ferramenta cruza dados para sugerir ajustes no cardápio e nas tarifas, contribuindo com decisões mais estratégicas para o negócio.”
Nesse sentido, a famosa lanchonete Milk & Mellow implementou tablets de autoatendimento e viu o ticket médio disparar. A experiência de consumo mais “livre” leva o cliente a se permitir mais indulgência. O caso foi comentado por Daniel Castello, da Galunion. “Quando o consumidor interage diretamente com a tela, sem o filtro do garçom, ele se permite pedir mais”, disse o especialista em um dos painéis do evento.
Sobre o papel da feira na disseminação de novas tecnologias, a diretora de Negócios da Informa Markets, Clélia Iwaki, disse que a proposta foi atendida ao disseminar “conteúdo, inovação e tecnologia que fazem sentido para o food service. A presença da tecnologia é uma tendência obrigatória”. Por isso, a Informa Markets, que organiza o evento, dedicou um pavilhão exclusivo para as tendências nesse segmento.
Mão de obra
Fornos inteligentes, cardápios automatizados e programas de benefícios estão entre as soluções adotadas pelo food service. Além de aumentar o tíquete médio e agilizar o atendimento, a automação, retratada nessas e outras tecnologias apresentadas na Fispal Food Service 2025, podem ajudar o mercado a combater um problema crescente, a escassez de mão de obra. Com uma rotatividade de 74% e dificuldades para encontrar profissionais qualificados, o setor precisa apostar na valorização da equipe e no uso de tecnologias que otimizem o trabalho.
Porém, é um engano pensar que automação serve para corte de funcionários com o único objetivo de reduzir custos. Isso pode custar caro para a empresa se a decisão não considerar impactos na produtividade e na qualidade do serviço. Por isso, o funcionário precisa ser parte central desse processo de modernização. “É preciso construir um ambiente em que o colaborador se sinta valorizado”, diz Fábio Costa, do Mundo Food Service. E ser preparado pela empresa para assumir novos papéis e se relacionar com as novas tecnologias é uma das principais soluções.
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Praça de alimentação agora é em todo lugar
Outro ponto importante sobre as tendências em food service é a mudança do local de consumo. As praças de alimentação de shoppings e centros comerciais perdem algum espaço com novos hábitos do consumidor.
Agora, com menos fluxo nas praças dos shoppings, surgem novos formatos de consumo, como restaurantes dentro de lojas, cafeterias em espaços híbridos e gastronomia como elemento de convivência. Nesse ambiente, o food service não tem mais “dependência excessiva da praça de alimentação”, diz Simone Galante, da Galunion. Confira a cobertura completa da Fispal Food Service no ebook a seguir e saiba todos os insights que a edição de 2025 apresentou em termos de tecnologias, gestão, negócios, marketing e outras frentes.
