Altos investimentos com robôs cada vez mais inteligentes para as etapas de corte da carne, Internet das Coisas nas máquinas para embalagem, sistemas otimizados com uso de dados e outras tecnologias para medir a precisão das etapas do processo de produção podem ser arruinados se o básico não funcionar — especialmente o controle de qualidade nos frigoríficos.
Por isso, garantir um controle de qualidade nos frigoríficos eficiente começa com ações simples: livrar sistemas de drenagem da contaminação, evitar que itens de controle se misturem ao produto, conter vazamentos de gases e realizar outras tarefas básicas de forma eficaz.
Confira cinco métodos de controle de qualidade para manter um rigoroso padrão nos frigoríficos, apresentados durante a TecnoCarne em 2022.
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1. Fita de detecção de vazamento de amônia
A fita de detecção de vazamento de amônia da Nitto permite identificar com maior precisão o local do vazamento do gás em câmaras frias, evitando que a dispersão aconteça por tempo prolongado causando riscos aos funcionários, ou que a produção seja interrompida por muito tempo para identificação do local afetado.
O produto é feito na cor branca e seu tom fica azulado diante da presença do gás amônia. Quanto maior a presença do gás, mais forte é a tonalidade do azul. Com o tempo, após interrompido o vazamento, a fita vai perdendo a tonalidade azulada e voltando para a cor original em até sete dias. A validade da fita é de seis meses, depois, o aconselhável é trocá-la.
Isabelle Costa, da área de engenharia de aplicação TS&D da Nitto, diz que a fita deve ser aplicada em volta de válvulas, conexões, tubos e encanamentos, e que o produto não substitui sensores, mas complementa seu uso.
“As técnicas para detecção de vazamento de amônia podem falhar na hora de apontar onde está ocorrendo exatamente o vazamento. Para isso, as empresas costumam exigir a parada de um operador”, explica.
Com a fita aplicada no local certo, a conferência é facilitada, em diferentes locais e sob diversas condições. “Pode ficar exposta a temperaturas limite em câmaras frias utilizadas pelas indústrias de alimentos variados e bebidas”, completa Isabelle.
2. Linha de drenagem de alta capacidade
A qualidade e capacidade do sistema de drenagem dos frigoríficos também é um ponto importante que as fabricantes que atendem o setor procuram resolver.
A Brasmo oferece sistemas de ralos que conseguem reter até sete litros de volume, com sifão antirrefluxo para evitar que os resíduos retornem e contaminem a produção. Além disso, o sistema da Brasmo oferece sistemas em PVC e PPA voltados para frigoríficos (linhas 304 e 316 L) que prometem resistência maior a condições extremas.
A linha de drenagem, produzida na Dinamarca, “é pensada para as áreas de produção. Quando você tem uma vistoria, ou auditoria, essas drenagens vão atender a certificação FSSC 22000 e outras exigências. Vão garantir que seu produto, seu lote de produção de carne, não se contamine pelo sistema de drenagem”, garante Priscila Thomaz, assessora executiva da empresa.
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3. Pastas para controle e operação de receitas
A Isoflex possui pastas resistentes a água que garantem que informações necessárias à produção se mantenham intactas, e que não haja perda de material de controle que possa vir a se misturar com a produção. Durante a TecnoCarne, a pasta ficou mergulhada durante os quatro dias de feira dentro de um aquário para demonstrar a resistência à umidade.
“Essas pastas são para utilizar em ambientes com umidade ou onde tem óleo e poeira. Isso vai proteger bem documentos e instrumentos de trabalho. É muito utilizada na indústria de alimentos”, detalha a representante da Isoflex, Bruna Palczuk. Os modelos podem ser encontrados em A3 e A4.
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4. Displays em PVC e cavalete em inox
A parte de quadros para sustentação de informações dentro do frigorífico da Isoflex conta com um modelo com tela em PVC. “Como não é MDF, não tem esse perigo de danificar depois de molhar. O PVC é bem indicado para o segmento de frigoríficos”, avalia Bruna.
Além da tela, a borda em alumínio e o cavalete em inox também são pensados para suportar umidade e temperaturas extremas. “Esse modelo é fornecido para JBS e Seara porque é o único que pode ser usar dentro da fábrica”, acrescenta a representante da Isoflex.
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5. Aspirador para frigoríficos
A linha RGS de aspiradores da Brasmo funciona a bateria para evitar choques durante a limpeza de frigoríficos e demais áreas húmidas, e a carga tem em média três horas de duração.
O aspirador da Brasmo permite coletar pedaços de carne e osso ou qualquer tipo de resíduo sólido, assim como sangue, água e outros líquidos. O equipamento permite separar os resíduos em seu interior, facilitando a limpeza do ambiente e a identificação.
“É uma facilidade que a Brasmo trouxe para limpar toda a área de produção e não ter que ficar recolhendo pedaços de carne, água e sangue”, explica Priscila Thomaz, representante da Brasmo na TecnoCarne 2022.