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O setor de food service apresenta índices de retomada

Article-O setor de food service apresenta índices de retomada

Photo by kayleigh harrington on Unsplash Os desafios do mercado food service para a retomada.jpg
Pesquisas divulgadas por entidades mostram a recuperação do food service; saiba como aproveitar esse momento.

O food service, setor tão fortemente impactado pela pandemia, inicia o ano de 2022 com saldo positivo, segundo dados de entidades. Os números trazem ânimo para os operadores, mas os desafios ainda são muitos até se possa respirar tranquilo.

Pela primeira vez desde o início da pandemia, a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) divulgou que mais empresas declararam lucro do que prejuízo: 34% contra 31%, respectivamente. Outro índice positivo é o fechamento do semestre de 2021 com crescimento real estimado em 3% em relação ao mesmo período de 2019, pré-pandemia.

Já a Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (ABIA) relatou o aumento da participação do food service nas vendas da indústria de alimentos e bebidas. Depois de uma queda de 24% em 2020, o setor cresceu 26% em 2021, somando o faturamento de R$ 176,3 bilhões.

Apesar disso, o estudo da Abrasel mostra que, na base da pirâmide, 80% das empresas faturam menos que R$ 20 mil por mês. Muitos fecharam as portas (335 mil bares e restaurantes entre 2020 e 2021) e outros operam endividados - 48% das empresas enquadradas no Simples estão com contribuição em atraso. O aumento do faturamento pode ajudar na recuperação do endividamento.

Houve ainda, nos últimos dois anos, uma mudança significativa no perfil do setor. Dos 520 mil estabelecimentos abertos, 85% são como microempreendedor individual (MEI).

Lidar com dívidas, inflação, alta dos insumos, do combustível, da energia elétrica, entre outros desafios, ainda vai demandar muito jogo de cintura dos gestores.

“Com os aumentos nos preços dos alimentos e bebidas, investir na engenharia do cardápio se torna fundamental para os estabelecimentos reterem os clientes. Uma estratégia eficiente para não repassar integralmente os custos da inflação aos clientes, é colocar força na venda de itens do cardápio que tragam maior margem e repaginar outras opções no menu, tornando-as mais rentáveis na operação”, afirma Felipe Maia Lo Sardo, CEO da Goomer, startup que oferece soluções digitais para bares e restaurantes.

Uso da tecnologia na gestão do food service

São muitas as formas que a tecnologia pode ajudar na lucratividade do food service, seja aplicada nas operações ou no serviço.  

É necessário, mais do que nunca, digitalizar e automatizar os serviços e operações. Além de ajudar a trazer mais eficiência e personalização no atendimento e deixar o cliente mais confortável para escolher o seu pedido e visualizar as promoções, a digitalização possibilita que os estabelecimentos atuem com uma equipe um pouco mais enxuta, otimizando o atendimento dos consumidores”, afirma Felipe Maia Lo Sardo.

Além de conceder maior praticidade e segurança aos frequentadores dos espaços físicos, a tecnologia também trouxe avanços nas vendas digitais. “Também é imprescindível estar atento às novas tendências de vendas. Neste ano, o investimento em marketing digital para atração e retenção dos clientes será tão importante quanto contratar um contador para cuidar das atribuições fiscais e financeiras do negócio. Isso porque a potencialização dos canais prioritários, realizada de forma estratégica, pode ajudar a trazer tráfego ao estabelecimento, permitindo que o empreendedor não se torne refém dos marketplaces”, diz Lo Sardo.

O cliente busca uma boa experiência presencial e online

Conhecer os critérios dos clientes para uma boa experiencia no food service é importante para o gestor apostar em boas estratégias e atrair o público de volta para seu estabelecimento.

A pesquisa O Futuro do Food Service, realizada pela Fispal Food Service e FGV Jr., revela que as características mais atraentes para o consumidor que frequenta o restaurante são qualidade da comida (71,13%), preço (56,5%) e qualidade do serviço (43,75%). Outros aspectos que valem ser citados são o ambiente (32,63%) e a rapidez do atendimento (22,63%). Em seguida, aparecem apresentação da comida (15,75%) e proximidade de casa (10,88%).

Esses conceitos podem (e devem) ser levados para o ambiente virtual, onde o cliente quer ser bem atendido. “Entender as mudanças de comportamento é essencial para criar ações e estratégias direcionadas a essas novas necessidades. Basicamente, hoje o consumidor deseja ter boas experiências, quer ser atendido pelo canal onde tem maior familiaridade (normalmente os digitais) e busca serviços ágeis e de qualidade”, analisa o CEO da Goomer.

“Com a população vacinada e os encontros em grupos com familiares e amigos voltando gradualmente ao normal, o setor vive agora a expectativa de uma retomada mais robusta, que ao mesmo tempo vem cheia de desafios”, diz Lo Sardo. “Sem dúvida, os restaurantes que seguirem essas estratégias e incorporarem tecnologias como aliadas do negócio tendem a se sobressair e ganhar relevância no mercado. O ano de 2022 tem tudo para ser o ano da virada do foodservice”, finaliza.

*crédito da imagem: Photo by kayleigh harrington on Unsplash

 

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