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A produção alimentícia e o desafio de fazer mais com menos

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É natural que a indústria busque formas de fazer mais com menos. Em períodos de retração, a estratégia deixa de ser apenas uma vontade e se torna mandatória. Saiba mais!

De tempos em tempos, é natural que a indústria olhe para a sua operação tentando encontrar formas de fazer mais com menos. Principalmente em períodos de retração econômica e inflação em alta, a estratégia deixa de ser apenas uma vontade e se torna uma ação mandatória. Em uma indústria que convive com margens apertadas e que durante a pandemia se viu pressionada a produzir de forma praticamente ininterrupta, como a de alimentos e bebidas, manter um olhar apurado para a operação fabril e identificar problemas antes que eles ocorram representa um enorme divisor de águas.

Da recepção da matéria-prima até o envio do produto ao varejo, há uma série de gargalos que podem ser endereçados por fabricantes de alimentos e bebidas a fim de otimizar a sua operação. Na maioria das vezes esses gargalos não precisam necessariamente ser contornados com a aplicação de novas tecnologias, ainda que elas também sejam bem-vindas. Na verdade, o enfrentamento de problemas antes que eles ocorram depende muito mais de uma mudança de postura e do estímulo a uma cultura preventiva.

Assim como um carro, realizar a revisão e manutenção periódica dos equipamentos instalados na indústria é a melhor forma de evitar dores de cabeça e paradas não programadas - que, em geral, acabam gerando altos custos para os fabricantes.

Porém, a manutenção preventiva não serve unicamente como uma aliada para prevenir paradas e melhorar a rentabilidade da fábrica. Ela também é importante para assegurar o funcionamento adequado da indústria e a qualidade dos produtos entregues ao mercado. Ou seja, há um ganho reputacional concreto ao minimizar falhas e garantir uma operação segura.

É a partir da cultura da prevenção que o investimento em novas tecnologias pode ser mais bem aproveitado. Atualmente, a indústria de alimentos e bebidas é uma das menos digitalizadas em todo o mundo, segundo dados de diferentes consultorias de mercado, incluindo a Bain & Company - muito atrás, por exemplo, da automobilística e da petroquímica. E como é de amplo conhecimento, as novas soluções digitais podem ser importantes aliadas para a realização de tarefas do dia a dia que geram agilidade para tomadas de decisão.

Por exemplo, ao invés de ter pessoas dedicadas à tabulação de dados operacionais – o que gera uma infinidade de papel e não permite o intercâmbio e correlação de dados de forma rápida – a indústria pode investir em formatos digitais de monitoramento das máquinas. Ainda hoje há casos de equipes que passam 75% do seu tempo transferindo informações escritas em papel para planilhas de Excel, tornando a operação da indústria engessada e pouco eficiente.

Dados coletados dos equipamentos e armazenados em um sistema unificado permitem o melhor acompanhamento e análises mais inteligentes sobre a eficiência e produtividade da fábrica. Da mesma forma, sistemas unificados facilitam o rastreamento de informações e de lotes específicos. No caso de ações de recall, são essas as tecnologias que auxiliarão no recolhimento do produto e em ações rápidas que evitem danos reputacionais à marca.

Aumentar a eficiência da indústria e a qualidade dos produtos enviados ao mercado depende menos de grandes investimentos e mais de uma mudança de mentalidade. Ter uma postura proativa e voltada para a identificação precoce de problemas é o primeiro passo, que pode ser seguido pela adoção de tecnologias básicas de gestão da informação capazes de otimizar a operação fabril.

No fim do dia, o desafio não está em fazer mais com menos, ainda que esta seja a pergunta principal de muitos produtores de alimentos e bebidas. O ponto de inflexão está em saber investir nas soluções corretas e que coloquem a sua indústria no mais alto patamar de eficiência e qualidade.


*Edison Kubo é diretor de portfólio de Serviços da Tetra Pak para as Américas. Formado em Administração e com pós-graduação em Marketing e MBA Executivo Internacional, o executivo é responsável por direcionar a estratégia de negócios de Serviços da companhia para a região, com foco na oferta de soluções que levem mais eficiência e produtividade para fabricantes de alimentos e bebidas.

 

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