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Mercado de proteína animal: O que esperar do ano de 2020?

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O que o mercado de proteína animal pode esperar do ano de 2020? Veja as principais estimativas desse mercado para o próximo ano.

Com o início de um novo ano, muitas estimativas começam a ser apresentadas por analistas de mercado e consultorias para todos os setores da nossa economia. Uma das estimativas mais esperadas tem relação com o mercado de proteína animal, cuja participação brasileira no âmbito mundial é imensa.

Essa espera ganhou ainda mais importância em razão dos últimos acontecimentos no mercado da carne, como o aumento do volume de exportações, associados à rápida elevação do preço da carne bovina no mercado interno.

Há ainda a série crise de PSA (Peste Suína Africana) que está assolando os produtores de suínos na China, que obrigou o país asiático a aumentar suas importações de carnes (bovina, suína e de frango), colocando o mercado de proteína animal de cabeça para baixo.

Diante disso, fica a pergunta: o que o mercado de proteína animal pode esperar do ano de 2020?

Alguns pontos ligados à cadeia da carne serão importantes nesses aspectos. Veja-os a seguir:

Exportações de proteínas animais: elevação de 10%

Todas as estimativas mostram que haverá crescimento nas exportações brasileiras de proteínas animais. Lygia Pimentel, por exemplo, sócia e diretora executiva da Agrifatto, estima que as exportações de proteínas animais de frigoríficos brasileiros terão um aumento de 10%.

Esse aumento ocorrerá principalmente em razão da alta demanda chinesa por proteínas animais, que lida com uma menor oferta de carnes devido ao impacto da peste suína africana no seu rebanho.

Vale lembrar que esse movimento já impulsionou e trouxe recordes para os embarques de carnes brasileiras no último trimestre de 2019 e a tendência é que a demanda internacional (principalmente a China) se mantenha em 2020.

Vendas internas no mercado de proteína animal: Crescimento de 2%

 Para o mercado interno, as estimativas de Lygia Pimentel indica que haverá uma elevação de 2%. “Essa elevação ocorrerá conforme retomada do nível de emprego e do endividamento da população”, complementa a analista da Agrifatto.

Além disso, atualmente observamos no mercado de proteína animal interno que o preço da arroba do boi gordo está em franca elevação e a projeção é que fiquem entre R$ 180 e R$ 190 no início do próximo ano. “O patamar mudou”, diz Lygia.

Segundo Lygia, certamente o preço médio do boi e da carne ficarão mais caros em 2020 na comparação com este ano. “O ciclo da pecuária, com expectativas de maior retenção de vacas por parte dos pecuaristas, também colabora para um animal mais caro, em média”, acrescentou Lygia.

A analista da Agrifatto ainda acrescenta que os preços estarão mais firmes, conforme estoques ajustados de proteína tanto no mercado interno quanto no cenário internacional. “Isso levará o valor das carnes a pressionar o IPCA”, diz.

Comportamento do consumidor: trocará a carne bovina por carnes mais baratas

Devido à forte tendência de evolução nos preços da carne bovina para o ano de 2020 no mercado interno, a tendência é que ocorra uma transferência no consumo da carne bovina, que é mais cara, para as proteínas mais baratas, como frango, ovos e a carne suína.

O motivo disso é que, mesmo em recuo, historicamente o nível de desemprego e endividamento da população ainda se manterá alto. “Então não será uma questão de preferência pelo produto, mas sim de orçamento”, completa Lygia.

Por outro lado, há também a tendência de crescimento de consumidores ávidos por um mercado de proteína animal mais exclusivo e gourmet. Mesmo sendo um mercado ainda pequeno, estes consumidores priorizam sabor, maciez, história da produção e experiência de consumo, atendê-los pode representar um diferencial importante.

Ou seja, a expectativa é que o caminho para o lucro não estará em somente vender mais, estará em vender melhor.

Gestão e tecnologia: A evolução continuará em 2020!

Outro fator que se manterá forte no próximo ano dentro do mercado de proteína animal é o investimento por parte de pecuaristas e frigoríficos em gestão e em tecnologia.

Nessa conjuntura, Lygia Pimentel explica que o aumento do nível de gestão empresarial se manterá firme em 2020, contribuindo com maior eficiência produtiva e financeira das atividades ligadas a esse mercado.

Além disso, ela ressalta que os investimentos na cria e na engorda serão ainda maiores em 2020, em razão dos maiores preços pagos pelos frigoríficos.

Por fim, a gestão de risco de preços é outro ponto salientado por Lygia Pimentel que os responsáveis pelo mercado de proteína animal irão investir no próximo ano, principalmente em razão da mantença dos preços em patamares mais elevados.

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