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Por que priorizar a produção sustentável de proteínas animais?

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Tal medida é essencial no atual momento, devendo ser responsabilidade da fazenda/granja ou frigorífico. Leia mais!

Segundo a Organização das Nações Unidas, até 2050, a população mundial chegará a 9,7 bilhões de habitantes, e com isso, a demanda mundial por alimentos aumentará, o que nos levará a produzir mais para alimentar essa população em rápido crescimento. Mas, será preciso também priorizar a produção sustentável de proteínas animais.

Para isso, é preciso que exista a harmonia com o meio-ambiente, com a alimentação, com a saúde do homem e com a espiritualidade, ou seja, é preciso realizar ações para a produção sustentável de proteínas animais.

De fato, a busca pela sustentabilidade se faz presente em todas as atividades produtivas e a produção de proteínas animais não foge disso. 

Por isso, convidamos José Francisco Miranda, Líder de Sustentabilidade do negócio de Nutrição e Saúde Animal da DSM América Latina, e Luiz Carlos Demattê Filho, Diretor Superintendente da Korin Agropecuária, para falar sobre as principais ações relacionadas à produção sustentável de proteínas animais.

Vamos conferir? Continue lendo para saber mais!

A busca pela sustentabilidade é mundial e a produção de proteína animal precisa se inserir nisso

Não nos resta dúvidas, a busca pela sustentabilidade é uma constante no mundo todo. Este conceito começou lá pela década de 1970 com as crises do petróleo e na década de 1980, que já cunhou o nome de desenvolvimento sustentável.

Segundo Luiz Carlos Demattê Filho essa evolução vem tomando força, principalmente motivada pelas mudanças climáticas. 

Nos últimos 5 anos, principalmente, é que a gente observa mudanças mais significativas no contexto das empresas, principalmente com as práticas de ESG, das questões ambientais, sociais e de governança”, explica.

Diante disso, o Diretor Superintendente da Korin Agropecuária salienta que as empresas estão se mobilizando e se estruturando para atuar efetivamente nesse contexto da sustentabilidade, fazendo aproximações com as ODS – Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.

Todas essas estruturas sejam de governança global, sejam de governança corporativa, têm sido muito intensificadas nos últimos anos e com certeza isso é obviamente uma questão global”, complementa.

Neste contexto, José Francisco Miranda cita que no ano de 2000, a DSM lançou a iniciativa estratégica We Make It Possible (Nós Tornamos Isso Possível, em português). “Essa estratégia tem como propósito liderar uma transformação robusta e viável em todo o mundo para produções mais sustentáveis de proteína animal”, cita.

Segundo Miranda, a iniciativa é impulsionada por seis plataformas de sustentabilidade que abordam os principais desafios da indústria de proteína animal. São elas:

  • Melhorar a qualidade da carne, leite, peixe e ovos e, ao mesmo tempo, reduzir a perda e o desperdício de alimentos
  • Melhorar o desempenho ao longo da vida dos animais
  • Reduzir as emissões na produção animal
  • Utilizar recursos naturais de forma eficiente
  • Ajudar a combater a resistência antimicrobiana
  • Reduzir a dependência dos recursos marinhos

Prioridades da produção sustentável de proteínas animais na fazenda/granja

No atual momento, priorizar a produção sustentável de proteínas animais a nível de fazenda é essencial. A questão da produção de grãos, citada por Demattê Filho, merece total atenção. 

De onde vem essas produções, em que áreas essas produções são estabelecidas, se são áreas de desmatamento, de reservas, áreas protegidas, que são impactos significativos em toda a produção animal”, observa.

Assim, há uma preocupação muito grande do ponto de vista de como as empresas estão estruturando sua governança, para estabelecer os devidos controles e as medidas, sejam mitigadoras, sejam de mudanças radicais nesse cenário.

Para priorizar a produção sustentável de proteínas animais, o Líder de Sustentabilidade do negócio de Nutrição e Saúde Animal da DSM diz ser necessário investir na saúde e na nutrição animal, além de boas práticas de manejo. 

Quando existe uma boa gestão nesse sentido, seja o animal ruminante ou monogástrico, a probabilidade de tornar uma produção mais sustentável é muito maior”, diz.

Diante disso, para José Francisco Miranda indica que o real desafio é encontrar maneiras de produzir mais com menos insumos, de forma mais responsável, sustentável e respeitando os limites do planeta.

Neste contexto, Miranda, da DSM, cita o exemplo de enzimas na ração. “Quando inserimos enzimas alimentares na ração, melhoramos a digestibilidade da proteína adicionada na alimentação, e consequentemente, a redução da quantidade da adição de recursos naturais finitos, como milho e soja, já que as enzimas auxiliam o produtor a aproveitar o máximo dos nutrientes de cada ingrediente”.

Assim, são inúmeras as oportunidades para dar escala às práticas de produção sustentável de proteínas animais e o compromisso das empresas associadas ao setor é produzir mais com menos insumos, possibilitando a redução do impacto das atividades produtivas na biodiversidade.

Frigoríficos também devem priorizar a produção sustentável

Além de fazendas e granjas, os frigoríficos têm também um papel claro na produção sustentável de proteínas animais no âmbito da indústria, tendo um papel bem posicionado em toda a cadeia.

Exatamente por essa importância, os frigoríficos precisam ter as melhores práticas de produção, de industrialização, de forma que reduzam desperdícios em todos os níveis, desde insumos básicos e insumos da natureza, como água por exemplo, energia elétrica e de materiais, principalmente em toda a prática de bem-estar animal.

Cabe ao sistema produtivo ali implantado caminhar adequadamente em relação a devida condição de utilizar o sacrifício dos animais da maneira adequada, da maneira mais eficiente possível, de forma a não gerar perdas desnecessárias e não gerar perdas motivadas por práticas inadequadas dentro do processo, gerando desperdícios também da própria condição dos animais que ali são abatidos”, salienta Demattê Filho.

Além disso, adotar o marketing da produção sustentável de proteínas animais é, segundo os especialistas da DSM e da Korin, uma maneira de estar atento às atuais mudanças da sociedade no aspecto econômico, social e ambiental.

Quando atuamos em uma produção voltada para a produção sustentável, é essencial que os valores da sustentabilidade sejam destacados e comunicados aos consumidores. Com o marketing, conseguimos promover melhores negócios e mostrar ao público que os produtos que ele adquire tem valor agregado e trazem diferenciais para sua saúde e para a sua vida”, finaliza Luiz Carlos Demattê Filho.

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