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Distribuição de produtos alimentícios além dos supermercados

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Ter uma estratégia de distribuição de produtos alimentícios além do supermercado garante uma experiência do consumidor mais positiva.

Nossa realidade é cada vez mais omnichannel - isso é, utilizamos de modo simultâneo e integrado diferentes meios online e offline, inclusive para as compras. Desse modo, é importante diversificar os canais para garantir uma experiência ao consumidor que seja relevante, atrativa, conveniente e coesa, além de manter um fluxo de caixa mais equilibrado para seu negócio. 

Conheça, a seguir, algumas opções para criar sua estratégia de distribuição de produtos alimentícios além dos supermercados. 

Distribuição de produtos alimentícios em farmácias

Os conceitos de multisserviços e de conveniência estão em alta - e as farmácias têm se mostrado um espaço bastante atrativo para a aplicação desse formato. Hoje, elas oferecem diversas facilidades e combinações de produtos e serviços, entre elas, a venda de alimentos e bebidas. 

Conforme dados do Estudo de Mercado Institucional da IQVIA, o brasileiro gastou mais de R$ 120 bilhões nas farmácias no ano passado - isso representou um crescimento de 7,6% em relação às vendas de 2018. Hoje, o país é considerado o sexto maior mercado mundial no varejo farmacêutico. Tudo isso insere esses empreendimentos como espaços promissores para a distribuição de produtos alimentícios voltados à saudabilidade.

Essa alternativa tem sido utilizada, por exemplo, pela Mais Pura, conforme comenta seu diretor, Fernando Nazareth.

"A Mais Pura utiliza diferentes canais de distribuição além dos supermercados, como distribuidores regionais, lanchonetes corporativas, lojas do segmento saudável e farmácias. Essa estratégia de diversificação ajuda a garantir um melhor atendimento pelas características diferentes de cada um e a pulverização dos recebimentos", destaca. 

Marketplaces como canais de distribuição online

A internet oferece diversas opções para a venda e distribuição de produtos alimentícios. Além de e-commerce próprio, os marketplaces podem ser alternativas viáveis e atrativas para as empresas do setor.

Eles funcionam como uma espécie de loja de departamentos 2.0. Tratam-se de plataformas online de comércio eletrônico de grande alcance, que conectam potenciais compradores e vendedores de multimarcas. Amazon, eBay e Mercado Livre são alguns exemplos de marketplaces. Esse modelo enxuto e escalável possibilita que os produtos sejam disponibilizados e divulgados para um grande número de compradores em potencial, com custos de marketing bastante reduzidos.

Conforme pesquisa da Kantar Retail, a estimativa é de que as vendas online de produtos de varejo alimentar representem 3% do volume total do setor no Brasil até 2025. E os marketplaces são peça-chave para isso.

O Mercado Livre, por exemplo, registrou um crescimento de mais de 50% no primeiro trimestre de 2020. Em 2019, o marketplace do Magazine Luiza faturou R$ 854 milhões e, neste período de pandemia de Covid-19, produtos alimentícios estão entre os mais vendidos desse canal.

Clubes de assinatura como canais de venda recorrente para produtos alimentícios

Outro formato que pode ser utilizado para a distribuição de produtos alimentícios é o de clube de assinatura. Esse modelo tem se tornado popular em diversos segmentos. No de alimentos e bebidas, há clubes de vinhos, cervejas artesanais, cafés, chocolates, temperos, azeites, de alimentação vegana, dietas restritivas, entre tantos outros.

Basicamente, no clube de assinatura, o cliente paga um valor predeterminado para a empresa e passa a receber em seu endereço, na periodicidade estabelecida (geralmente mensal), produtos diversos que recorrentemente são surpresa. 

Essa modalidade tem o atrativo da comodidade e da experiência de descoberta de novos produtos no unboxing. Além dos alimentos, é possível adicionar dicas de receitas, de harmonizações, suporte de chef via redes sociais ou WhatsApp, playlist para preparar ou degustar os produtos, livros que combinem com o tema do mês, entre outros diferenciais que agreguem valor ao produto.

Conforme dados da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (Abcomm), esses clubes já faturam, juntos, mais de R$ 1 bilhão por ano. No mercado norte-americano, eles são responsáveis por movimentar mais de US$ 10 bilhões anualmente.

Para as empresas, esse é um nicho promissor, que pode trazer atrativos como receita previsível e recorrente, diminuição do Custo de Aquisição de Clientes (CAC), elevação da fidelidade do consumidor e do conhecimento de marca, entre outros.

Pop-in store e outros canais que podem ser utilizados além dos supermercados

Em linhas gerais, pop-in store é uma loja dentro de outra loja ou empreendimento de sucesso. Esse é um modelo utilizado por marcas de diversos segmentos, e que pode ser explorado, também, pela indústria de alimentos. 

É possível, por exemplo, uma marca de bebidas fazer uma pop-in store em uma loja de roupas que alcance seu público-alvo de interesse; uma marca de produtos de nutrição esportiva ter um espaço em uma loja de acessórios voltados à prática de esportes, etc.

Espaços de conveniência em hospitais também podem ser utilizados para a comercialização e distribuição de produtos alimentícios. Recentemente, por exemplo, o Grupo Carrefour inaugurou um espaço na unidade do Morumbi do Hospital Israelita Albert Einstein. 

Além disso, empreendimentos como condomínios residenciais também podem constituir uma oportunidade atrativa para distribuição de produtos alimentícios. Essa é a solução disponibilizada pela Numenu, como relata seu fundador, Rafael Freitas.

"Trata-se de uma startup que coloca lojas de conveniência dentro de condomínios residenciais. Nesse período de pandemia de Covid-19, esse é um serviço de grande valor para os condôminos que não precisam sair de casa e elevar seu risco de contágio. Hoje, são disponibilizados produtos como cerveja, vinho, refrigerante, pipoca, iogurte, macarrão, molhos, entre outros. Para as indústrias alimentícias, entre os benefícios, está o de que elas têm um CEP centralizado, elas mandam seus produtos para nosso centro de distribuição e o restante da operação é feito pela Numenu. Além disso, esse é um novo canal de venda bastante especializado, são entregues relatórios sobre o perfil dos consumidores para fornecer insights. Ações de ativações de produtos também oferecem ótimo potencial nesse modelo", afirma Freitas.

Para a distribuição de produtos alimentícios em shoppings, centros de eventos, aeroportos e outros pontos de grande visibilidade, porém, sem os custos elevados relativos ao aluguel e contratação de pessoal de um ponto de vendas, recentemente, o Sebrae lançou uma solução que está sendo testada no Pará. Trata-se de vending machines instaladas nesses locais, com curadoria de produtos da instituição. A expectativa é de que essa solução, chamada de Mercado Azul Point Machine, seja distribuída por todo o país. 

Outra possibilidade é trazida pelos micro markets - espécies de quiosques de autoatendimento para venda de alimentos e bebidas. Em espaços internos de grandes empresas e em ambientes de coworking, essa solução já tem sido bastante utilizada.

Apesar de no exterior ser algo comum, no Brasil ainda há bastante espaço a ser conquistado. Conforme dados divulgados pela Associação Brasileira de Vending Machines (ABVM), o faturamento desse setor no país fica em torno de R$ 500 milhões por ano, sendo que o crescimento registrado nos últimos cinco anos ficou na casa dos 10% anuais. 

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