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O mercado de cosméticos e a "descoberta" do veganismo

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As justificativas do crescimento do setor são diversas, mas uma das principais é a preocupação com o meio ambiente e o respeito aos animais.

O número de lançamentos de marcas chamadas ‘cruelty free’ e ‘clean beauty’ disparou no mercado de cosméticos brasileiro. Os termos indicam que tanto o produto final como os ingredientes não foram testados em animais, não contam com derivados de origem animal em sua composição, além de serem livres de insumos agressivos ao corpo e ao meio ambiente.

As justificativas do crescimento são diversas, mas uma das principais é a preocupação dos consumidores com o meio ambiente e o respeito aos animais – que tem ganhado cada vez mais força com a internet e o poder das redes sociais. Uma matéria publicada recentemente no jornal Estadão ilustra bem essa questão. Além de abordar a situação do mercado, a reportagem trata do caso do curta-metragem de animação Salve O Ralph, que viralizou em abril deste ano com a história de um coelho cobaia de laboratório.

Ralph é dublado no Brasil pelo ator Rodrigo Santoro. No filme em questão, o coelho participa de uma entrevista para um documentário, enquanto mostra detalhes de uma rotina bizarra. Produzido pela Humane Society International, o vídeo denuncia a crueldade dos testes em animais e provoca uma reflexão sobre os hábitos de consumo, principalmente de cosméticos. Depois deste episódio, a Sociedade Vegetariana Brasileira (SVB) foi contatada por cerca de 20 diferentes marcas com interesse no Selo Vegano.

O Selo Vegano foi criado em 2013 pela SVB como um sistema de certificação confiável que concede à produtos de diversos segmentos (alimentos, cosméticos, higiene, limpeza e calçados) um selo reconhecido nacionalmente. O certificado é concedido a cada produto individualmente e não se refere à marca ou à empresa, permitindo que qualquer indústria solicite o selo. Para mais informações, basta acessar o site https://www.selovegano.com.br/ ou a página oficial do programa no Intagram https://www.instagram.com/selovegano/

Dos 2.800 itens com o Selo Vegano no mercado, 189 são cosméticos (veja a lista completa neste link). Em 2019, foram concedidos 34 selos e, em 2020, 38. Apenas neste ano, a SVB já avaliou 47 produtos. Além de ser impulsionado pelas gerações mais jovens, que consideram a crueldade contra os animais antiética, as vendas por e-commerce também têm aquecido o mercado, em razão da facilidade de seleção e entrega de produtos.

O futuro da beleza é vegano

De maneira geral, o mundo tem seguido essa tendência de crescimento. O relatório do instituto de pesquisa Grand View Research de 2019 aponta que o mercado internacional de cosméticos veganos deve atingir US$ 20,8 bilhões até 2025. Para os produtos cruelty free (livre de crueldade animal), a previsão é de alta de 6% entre 2017 e 2023, segundo análise da Market Research Future. 

O padrão de consumo tem mudado muito, não só para alimentação, mas de maneira geral. As pessoas estão ditando o movimento do mercado e em contrapartida as empresas estão enxergando que precisam mudar a sua postura, não só para atender a essa nova demanda, mas para contribuir para um futuro mais sustentável. Com isso, muitas organizações alteraram a sua formulação e buscaram um reconhecimento que evidenciasse essa mudança por meio das certificações.

De maneira geral, é preciso que as organizações se atentem mais para a questão animal e entendam que as pessoas não querem mais consumir produtos que sejam nocivos ao meio ambiente.

 

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