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Reflexos da transformação digital na cadeia alimentícia

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Guilherme Nunes de Lima - Business Growth Leader na RaccoonAté o início desse ano as mudanças digitais vinham ocorrendo no Brasil de maneira lenta e gradativa. A pandemia, porém, colocou uma lente de aumento em alguns gaps e defasagens, acelerou processos já iniciados e incentivou o rápido desenvolvimento e implantação de outras iniciativas. Muitas empresas que ainda não davam tanta importância para adaptação ao universo digital tiveram que correr contra o tempo para manter um bom rendimento no segmento em que atua.

As áreas ligadas diretamente a alimentos e consumidores foram as mais impactadas pela nova realidade. Isso porque, algumas das consequências do confinamento foram as mudanças nos hábitos alimentares da população somado com a pouca presença da indústria dos alimentos no universo digital.

O novo cenário exige a rápida adesão às transformações digitais por parte de todos os setores ligados à cadeia alimentícia - indústrias, supermercados, varejos, restaurantes - muito mais que em outros setores.

As mudanças não param, ocorrem todos os dias, e é necessário estar sempre atento, preparado e se adaptando a elas. Para atender a demanda, diariamente as empresas criam novas ideias, campanhas e estratégias relacionadas aos alimentos.

Mudanças de comportamento e novas tendências na quarentena

Imediatamente após o início do período de confinamento, estudos realizados pelo E-commerce Brasil e pela Opinion Box mostraram mudanças significativas nos hábitos alimentares da população. De acordo com as pesquisas, houve aumentos de 50% nos gastos com comida; 33% no número de pessoas que passaram a cozinhar; 26% nos pedidos de delivery e 25% de novos usuários em supermercados online. Os levantamentos revelam ainda a tendência de esses números continuarem altos após a pandemia.

Outro ponto importante é o crescimento do uso da internet. Segundo uma pesquisa feita pelo E-commerce Brasil, 53% dos entrevistados passaram a utilizar mais a internet durante a quarentena e 60% estão passando mais tempo nas redes sociais.

Oportunidades em conteúdos sobre alimentação

O aumento do número de usuários e tempo gastos online reflete diretamente na audiência das mídias digitais. Um exemplo disso foi o canal de receitas do UOL que teve um crescimento de 230% de audiência comparando os meses de junho e março, segundo dados do próprio Portal.

A página no YouTube do programa MasterChef também cresceu expressivamente durante o período da pandemia. Segundo a Endemol Shine Brasil, o canal conquistou 129 mil novos seguidores, o que representa um crescimento de 51% nas visualizações das receitas.

As oportunidades em conteúdos relacionados à alimentação são inúmeras e as marcas precisam saber aproveitá-las de forma efetiva, por meio de estratégias de conteúdo que visem aumentar o tráfego orgânico do site e das redes sociais, assim como a conexão com o consumidor.

Essa é a hora analisar todas as possibilidades e inovar. Em um mundo cada vez mais digital é essencial que as empresas vão além da comunicação padrão e se utilizem de canais digitais, como blogs, Instagram ou YouTube, para publicar outros conteúdos relevantes, como receitas, dicas nutricionais, práticas higiênicas tudo para engajar o consumidor.

Oportunidades da onda digital

As mudanças não se atêm a forma como nos comunicamos. A pandemia tem impulsionado também outras tendências estratégicas que acompanham as novas necessidades do consumidor.

O setor de supermercado, por exemplo, passa por transformações e está se adaptando com a digitalização das compras via e-commerce ou aplicativo. Os novos hábitos dos consumidores abriram os olhos das marcas para a necessidade de se repensar planejamentos e focar nas estratégias de compras online para atrair mais clientela. Nas indústrias de bens de consumo, por exemplo, grandes marcas já vêm trabalhando há alguns anos na implementação de vendas online, seja de e-commerce B2B, ou no B2C.

Para o setor de fast food o desafio está relacionado aos serviços de delivery, mercado que atualmente é controlado por aplicativos como Uber Eats, Rappi e iFood.  Como não possuem uma estrutura definida de entregas eles estão reféns dos aplicativos de entrega neste momento de mudança de hábito dos consumidores.

Dessa forma, esses restaurantes sofrem perdas financeiras e também de dados. Uma boa estratégia para este tipo de estabelecimento é investir na criação de um aplicativo próprio para receber os pedidos dos clientes. Além disso, também contratar motoboys próprios para minimizar os prejuízos. As grandes redes precisam implementar essas ações o mais breve possível.

Ninguém, incluindo os setores ligados à cadeia alimentícia, poderia prever a chegada de uma pandemia. Mas o despreparo digital é um erro crasso. É hora de expandir os horizontes e aproveitar as oportunidades dessa onda digital. Que tal começar pelo seu restaurante?

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