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A PERSONALIZAÇÃO DA ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO, sua marca está pronta para essa nova era?

Article-A PERSONALIZAÇÃO DA ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO, sua marca está pronta para essa nova era?

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Você já ouviu falar em BIOHACKING? Já vou te contar o que é isso e a relação com a personalização da alimentação no mundo todo.

Com consumidores cada vez mais preocupados com a saúde, e em um cenário onde a pandemia só reforçou essa preocupação, vemos muitas iniciativas aparecendo no mercado internacional ligadas à personalização, ou seja, alimentos, suplementos e cardápios que atendam não só suas preferências sensoriais, mas necessidades suas necessidades biológicas ainda desconhecidas, e é aí que entra o “tal biohacking

O termo biohacking mistura a tecnologia do HACKER, que simplificando é aquele programa que encontra tudo, invade seu computador, rouba sua senha e absorve todos os dados, ou seja, sabe tudo, vê tudo o que está no interior da máquina, pois então, somando o termo BIO, que dispensa explicações, estamos falando de rastreamento de células, marcadores biológicos e dna de seres vivos, no caso, nós humanos.

Hackear a própria biologia, ou seja, “invadi-la” não significa a princípio modificá-la. Esse processo acontece ara conhece-la e a modificação pode ser possível ou não, depende do caso, é claro, mas para alguns especialistas, será possível trabalharmos fortemente na prevenção de doenças usando o BIOHACKING em breve.

Além da prevenção, essa prática pode melhorar a performance, tornando as pessoas mais saudáveis, focadas e produtivas. Em resumo, quem a defende diz que com ela você não só conseguiria fazer melhor muitas coisas com as quais já está habituado, como também poderia até mesmo realizar outras que você não era capaz de executar previamente.

O assunto é polêmico, mas vem ganhando espaço e atenção especialmente entre executivos do Vale do Silício, um dos locais mais inovadores do mundo.

É o caso d o executivo da Trend Micro, Dave Asprey, ele disse em entrevista que já adere práticas do biohacking porque quer “usar a ciência, a biologia e a auto experimentação para poder melhorar o próprio corpo, mente e vida”. Ele não esconde de ninguém que seu objetivo é viver até os 180 anos.

O termo biohacking ainda é amplo, e pode ser dividido em quatro categorias

  1. Grinding: ligada a implantes de dispositivos cibernéticos no corpo,  
  2. Biologia DIY (do it yourself):  estuda a inovação tecnológica de baixo custo que se pode aplicar ao corpo humano;
  3. Nutrigenômica: alterações no corpo feitas por meio de alimentos ou suplementação, associadas à relação entre o genoma humano e a nutrição individual e saúde;
  4. Quantified Self: coleta de dados sobre o próprio indivíduo para análise e aprimoramento pessoal.

Dessa forma, vamos ficar mais na parte de ligada a alimentação e nutrição e entender um pouco mais do que existe no Brasil e no mundo sobre isso.

Se você acredita que isso tudo parece muito mais um filme de ficção cientifica ou o desenho dos Jetsons (esse só para quem nasceu nos anos 80 ou menos) ou que está longe de se tornar algo aplicado em larga escala, lendo o que vou te contar agora fará você mudar de ideia.

  1. De acordo com os relatórios da CB Insights e da Gartner sobre tendências tecnológicas para o futuro, o biohacking estará entre os movimentos mais importantes para os próximos anos. Inclusive, o CB Insights o vê como tendência forte já para 2020.
  2. O report QTrends , da Equilibrium Latam, mostra diversos cases de produtos que já usam essa tecnologia, confere lá
  3.  Os dados da New Nutrition Business Consumer Survey (2018) apontam que 31% dos entrevistados aceitariam fazer um teste de rastreio do microbioma para obter dados mais personalizados de sua dieta. E dentre os 31%, 12% eram brasileiros, o maior percentual dentre as nacionalidades participantes. 
  4. Estudos da Mintel revelam que 23% dos consumidores americanos confiam na inteligência artificial para planejar suas refeições ou para realizar suas compras de alimentos.

Exemplos de produtos e serviços que já estão no mercado

A startup Habit é capaz de oferecer, por meio de seu aplicativo, um planejamento dietético personalizado baseado em uma série de perguntas feitas ao usuário, testes de DNA e outros marcadores bioquímicos.

É o caso da Bioma4Me, pioneira no Brasil em testes de composição do microbioma intestinal. Por meio de um exame de fezes, o consumidor consegue saber quais as cepas predominantes em sua microbiota intestinal e assim entender o que a influência e o que pode ser feito para modificá-la, tornando o organismo como um todo mais forte.

FICA a REFLEXÃO:

Se você descobrisse em um desses testes que precisa deixar de comer sua comia favorita para ganhar mais 2 ou 3 anos de vida, você faria? Vale a pena sermos tão analíticos a ponto de pesar, medir, consumir capsulas e mais capsulas todos os dias ao invés de seguir nossos instintos pela comida, e ter prazer? Ou, apesar de não serem imprescindíveis, elas podem ser um fator facilitador e crucial para uma vida moderna, longeva e com mais qualidade? 

* Por Carol Godoy, head do BHB Food.
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